Monday, July 31, 2006

cel. Pontes

Circula na internet um comunicado dizendo que o Coronel Marcos Pontes, nosso caipironauta, estaria pedindo aposentadoria para poder viver de palestras e, futuramente se candidatar a uma vaga no senado. A epístola expõe, outrossim, o inconformismo e a revolta de muitos que consideravam a possibilidade de o Brasil estar criando um herói.

Eu concordo com Cel. Pontes. Ele já cumpriu com sua missão espacial. Levou algumas experiências de garotos de escolas públicas do interior de São Paulo para o espaço e constatou que na ausência da gravidade as coisas flutuam. Não poderia se esperar mais que isso.

O fato de que, enquanto militar, não pode realizar palestras deve ser levado em consideração. Tem muito empresário trouxa que contrata qualquer Zé Mane que esta na mídia para explanar suas idéias. Um maratonista que chegou em 3º lugar foi palestrante, assim como um vendedor de bolacha da Rua Bernardo Saião. Até o comediante Diogo Mainardi foi sondado para fazer algumas palestras motivacionais(!). Pontes tem o direito de expor suas idéias a qualquer imbecil que esteja disposto a contrata-lo para afundar sua empresa, nem que para isso ele precise se aposentar das forças armadas.

Analisamos ainda o fato de que Pontes é um cidadão estudado, coerente e de origem humilde. Demonstrou serenidade em todas entrevistas que concedeu, inclusive àquelas mais ríspidas que o acusavam de torrar inutilmente o dinheiro público. Ele torrou inutilmente o dinheiro assim como torra o Senado, a Câmara, o Planalto, o Alvorada, o STF e o STJ. Ele pode contar com meu voto, caso seja candidato.

Eu particularmente considero Cel. Pontes um herói. Foram empregados U$ 10.000.000 do dinheiro público, que poderia ir para educação, saúde, estradas, bolso de deputados e senadores, ambulâncias superfaturadas, verbas de gabinete ou para o cartão de crédito de Dona Mariza. Como podem ver, o sacrifício não é tão mal assim.

Friday, July 28, 2006

Movimento pró-Bernardinhasiação!

O Dunga bem que merecia uma bela crônica. Mas como bem disse nosso colaborador-editor-co-autor-revisor-sócio-acionista a piada já está feita. Já nasceu feita. Nesse conto de fadas barato que virou nossa seleção (dundas, sonecas, etc) qualquer piada será menos engraçada que a realidade.

Sou a favor de um movimento nacional pra colocar o Bernardinho do volei no cargo de técnico da seleção de futebol. O cara já provou ser o comandante mais bem sucedido da nação em todos os tempos. Aliás, ele é tão bom que poderia ocupar o cargo de presidente da CBF (atualmente, Confederação Brasileira de Falcatruas).

Com ele não tem palhaçada: terceiro set, dois a zero pro Brasil, 24 a dois e ele mordendo a bola e gritando. E no outro dia... treino. É o cara que tem a menor porcentagem de "jeitinhosidade brasileira" no sangue.

Pra falar a verdade acho até que poderíamos colocá-lo no lugar do Lula. Sem muita algazarra, como nas substituições do vôlei: sai Lula entra Bernardinho. O presidente pode até fingir alguma dor na perna, sei lá. Já posso imaginar o Galvão falando: "Parece que o Lula está sentindo a perna" (e quem não está?).

Enquanto o movimento não decola o jeito é continuar sofrendo. E do jeito que a coisa caminha, assim que sair o Dunga (logo, logo) quem vai assumir é o Rubinho... danou-se.

Thursday, July 27, 2006

dunga

Às vezes a piada já nasce pronta. Fui me atrever a fazer uma piadinha com o novo técnico da seleção e quando acessei alguns websites para me inspirar, desisti.
No kibe louco, compararam alguns ex-técnicos com os outros seis anões do conto de fadas. Lá dizia que Telê era o mestre. Como assim? Telê Santana, grande ídolo dos bambis, teve um desempenho pífio na seleção de futebol, assim como sua maior aposta em duas copas: Zico. Eu já havia dito que o currículo dos dois juntos é pior do que o do Vampeta na seleção.

Manson, do Cocadaboa, preferiu a abstenção. Segundo ele, com certas coisas não se faz piada. O tom irônico reside no fato de que nem o mais pessimista dos brasileiros credenciaria dunga para o cargo de técnico.

Sejamos otimistas. No mais tardar até o final desse ano já estaremos de técnico novo. Alguém se lembra do fracasso do Júnior do Flamengo no comando do Curintias? É só esperar pra ver.

***

Um pai-de-santo disse que o Brasil iria perder a copa, e que Lula perderia as eleições. Nunca acreditei nesses mandingueiros pilantras. Mas esse até que me chamou a atenção. Ele previu o fiasco na copa, o que, por conseqüência, derrubou o Parreira. Tomara que ele consiga os 100% de aproveitamento.

Friday, July 14, 2006

Canhoto e Sinistro

A bruxa realmente anda solta. São Paulo encontra-se novamente sob ataque do PCC. Pouco tempo depois das primeiras afrontas à polícia, agora as vítimas são civís, como nós... SINISTRO. A população anda a indagar se isso já não seria coisa do CANHOTO.

Saímos mais cedo da copa. Desde 94 chegavamos às finais... SINISTRO. Dos nossos ataquantes, o destro também era (foi, é) gordo e o CANHOTO quase nada fez. O mesmo CANHOTO, nos primeiros treinamentos, estranhou-se com aquele magrinho de nome estranho e alguns dias depois aquele (este) foi "cortado" do grupo... SINISTRO.

Dias atrás, um grande humorista nosso sofreu um ataque cardíaco fulminante e de modo abrupto morreu... SINISTRO. O Roberto Carlos, nosso lateral CANHOTO disse que não mais vestiria a camisa canarinho... alívio. Enquanto isso, Cafussauro continua a reclamar a outra lateral... SINISTRO.

No Rio, Adriana CalCANHOTO cancelou recentemente duas apresentações por uma súbita gagueira... esquisito, e mais do que isso... SINISTRO. Jô Soares (aquela bola de sebo que mais parece a Priscila da TV Colosso) reconhecido ambidestro e poliglota, entrevistou um zé qualquer que afirma ter pacto com o CANHOTO... SINISTRO.

Realmente a coisa anda feia. Por precaução, já me guarneci de patuás suficientes para afastar qualquer evento SINISTRO. Prevenção nunca é demais... ainda mais pra quem já nasceu CANHOTO.

Thursday, July 13, 2006

algumas ponderações

Para mim foi um espanto saber que a estrela solitária na bandeira significa o estado do Pará. Já ouvi de tudo nessa vida, principalmente que se tratava do Distrido Federal. A mais plausível era que representava a única capital acima da linha do equador. Vivendo e aprendendo...

Quanto a bandeira (ou pedaço de pano estúpido) fiz recentemente uma investigação. O verde e o amarelo nada tem a ver com as matas dizimadas pelos colonizadores ou com a riqueza mineral que foi surrupiada. Nada mais são do que as cores oficiais da família Orleans e Bragança. Quem? Sei lá... é o sobrenome de uns fulanos por aí. Vivendo e aprendendo mais...

Eu me lembro que aprendi na escola que "o pai é o chefe da família". O seio familiar estava sob o comando do varão, ao passo que, na ausência deste, a mãe exercia o controle sobre a prole. A Constituição de 1988 igualou o homem à mulher, caindo por terra o que aprendi. Na verdade isso nunca funcionou assim na minha casa. Presumo que não se ensina mais esse tipo de absudo nas escolas. Apenas algumas seitas ainda consideram a mulher submissa ao homem. Alguns não aprendem nunca...

Mas existe um paradoxo. O hino nacional, belíssimo plágio de Francisco Manoel da Silva, era obrigatoreamente ensinado a nós, alunos de OSPB. Ao menos uma vez por semana, hasteávamos o pedaço de pano estúpidol. Me orgulhava de saber a letra inteira de cor. Mas e daí? o que significa? Aliás, separe o sujeito do predicado na primeira frase do hino! Difícil? Eu ainda aprendo...

Amanhã realmente há de ser um novo dia! Vão obrigar a o hino e hastear o pedaço de pano todos os dias na escola!

Wednesday, July 12, 2006

Apesar de você...

Senhoras e senhores, devemos comemorar. Consta que em sete de julho do presente ano foi aprovada a lei federal que torna obrigatório o ensino de sociologia nas escolas. E por que comemorar? Simples.

Todos nós conhecemos a bandeira da pátria. Pois lhes pergunto: pra que uma bandeira? Pra mim é apenas um pedaço de pano estúpido que serve para separar lugares e pessoas. Mas a minha opinião não importa. É claro que sempre nos foi útil conhecer a bandeira, principamente para sermos aprovados em disciplinas idiotas como
OSPB e Educação Moral e Cívica. Numa dessas desgraças aprendi, ou melhor, decorei que a única estrela que existe acima da faixa representa... pasmem: o estado do Pará! Por quê? Não importa, isso não cai na prova. Ninguém sabe o motivo, aprendemos que é assim e pronto. Nessas mesmas matérias inúteis aprendi que não se pode bater palmas após o hino. Eu não gosto do hino, provavelmente nunca o entendi. Mas, mesmo se gostasse também não poderia expressar. Porque bater palmas é errado. Aprendi também a exaltar nossos brasões e símbolos quase como os santos de uma igreja. Por sorte, uma tendência iconoclasta me fez esquecer todos.

Lembro-me que as cartilhas de OSPB traziam como ideal de vida o menininho crescendo e se tornando um lenhador ou um artesão enquanto a menininha cozia e fiava em casa. Pois essas disciplinas foram logo no início do golpe colocadas no lugar de sociologia no período militar. Obviamente adequado, uma vez que sociologia faz pensar, contextualizar, se indignar e OSPB nos fazia decorar o hino enquanto nossos senhores matavam, prendiam, torturavam e entregavam nossas jazidas de ferro (dentre outras) aos donos do mundo.

A razão para comemorar é simples: mesmo após a ditadura ter terminado, os senhores militares estão por aí nos ACM's, Sarneys e Bornhausens e só agora conseguimos mudar um pouco mais essa história de opressão, antes explícita, agora implícita.

Assim sendo, entoemos que amanhã (ainda) há de ser um novo dia...

Tuesday, July 11, 2006

Eleições 2006: vá se fu...

Nosso editor-chefe bem lembrou do recente caso do veto presidencial à proposta de reajuste das aposentadorias. Outro veto deve vir por aí. Inicialmente, a Medida Provisória visava obrigar os patrões de empregados domésticos a recolher o FGTS. Uma passadinha pela câmara, outra pelo senado, e a proposta virou bagunça. 70% dos empregadores já avisaram que se for aprovada vão demitir seus empregados domésticos. Algo em torno de 4 milhões de desempregados a mais, caso seja a proposta sancionada pelo cefalopodo.

***

Certa vez eu agi contra tudo que me foi ensinado e de carona a um cidadão. Eram apenas 40km e, pela idade, não aparentava risco. Enganei-me. O sujeito estava aguardando a liberação de seu lote no acampamento do MST. Estava transportando um membro desta grande quadrilha.

Mas o aludido senhor até que tinha boas intenções. Foi bem adestrado pelos inescrupulosos dirigentes do INCRA a dizer que realmente queria produzir algo. Mais ainda, me revelou que “o Lula depositou o dinheiro pros sem-terra. Eu mesmo vi o extrato com mais de um milhão na conta” disse a pobre ovelha.

O MST é uma indústria. O MLST é outra indústria. Estamos cansados de saber que eles não pagam, mas torram nossos impostos. Saúde? Estradas? Educação? Pesquisas Científicas? que se danem!

Não votei nas últimas duas eleições. Esse ano faço questão de viajar 1600 km para votar, nem que seja para, como dizem os goianos, “esperdiçar” meu voto. E prometo trazer para o editor-chefe um “disquin”.

Monday, July 10, 2006

Política X Política

A agitação política em ano eleitoral é realmente impressionante. Algumas vezes precisamos ir além dos fatos.

Tomemos como exemplo a recente tentativa de reajuste para aposentados e pensionistas do INSS. A proposta inicial do governo, que segundo o mesmo não seria demais onerosa para o estado, era de no máximo cinco por cento. A proposta aprovada foi em torno de 16 por cento. No fim das contas ela foi, como era de se esperar, vetada pelo presidente.

Agora analisemos: se o senhor molusco aprova a referida proposta, a oposição certamente cai de pau dizendo que esta é a típica "obra " eleitoreira. Pois, se só podia dar cinco por cento, como aprova 16? Só pode estar pensando na eleição. Se o cefalópodo veta (como fez), a mesma oposição o condena e diz ao povo: estão vendo, nem esse aumento ele quer dar... assim não pode continuar.

Não sou a favor do cefalópodo (acéfalo) que nos governa, nem (mais) do seu partido e nem do raio que o parta. Porém, esse é o tipo de coisa, como outras, que põe o governo em xeque. Não deixando saída a quem está dando as cartas.

Nas próximas eleições já me decidi, vou votar em quem rouba menos... agora é só achá-los.

Thursday, July 06, 2006

180 milhões de azarados

Depois que o Brasil renunciou o jogo em favor da França, a equipe portuguesa, comandada por Felipão ganhou a simpatia da torcida. Esse fardo foi pesado demais. 180 milhões de pé-frios a mais, torcendo pela vingança, culminaram na derrota de Portugal frente à França de Zidane.
Essa lógica me leva a crer que todos queriam que o time de Felipão enfrentasse a dona da casa na final. É o que de fato vai ocorrer, mas no próximo sábado, na disputa de 3º, o popular "jogo dos patos". A torcida brasileira a favor da Alemanha beneficiou a Itália que provavelmente perderá a final, já que é a única esperança de vingança da seleção canarinhozinho.
Portanto, camarada, saiba bem para quem torcer na final. Pode não ser para o time que você quer que ganhe.

Tuesday, July 04, 2006

Falar o que?

Tentei dar um tempo para escrever sobre os últimos acontecimentos na copa. Tava muito fácil. O repertório foi minguando a cada website, cada canal de televisão e a cada jornal que eu abria. Tava mais fácil que falar do Rubinho.

Atendendo pedidos, vou fazer uma breve alusão do Zidane com o Rominha, ex-jogador do Flamengo. Toda vez que o francês joga com o Brasil, humilha. Com Rominha era assim. O Corinthians, por melhor que estivesse, acabava por sucumbir quando Roma entrava em campo. As estatísticas demonstram que o Corinthians nunca ganhou do Flamengo quando Rominha entrava em campo. Assim é com o Brasil. Zidane pode nos chamar de freguês.

Aproveito ainda para discordar de nosso superintendente-editor-chefe. A hombridade, por ele referida, é inerente ao ser humano. Na seleção só haviam ratos, porcos chauvinistas e urubus. Não se poupa ninguém. Nem Zé Roberto, nem Dida.

A comemoração dos derrotados, parafraseando, outrossim, nosso editor-chefe, é digna de nota. Os franceses comemoravam enquanto os jogadores brasileiros... iam abraçar rindo e cumprimentar os “craques” da terceira idade, especialmente Zidane.

Alguns jogadores vão se aposentar e estão se lixando para os 180 milhões de brasileiros. Outros vão sumir por uns tempos e continuar torrando seus milionários salários. E a torcida? Respondo com a piada mais manjada da copa... “que Zidane”!

Sunday, July 02, 2006

Ou ficar à pátria livre...

É bastante difícil falar de futebol pelo caráter passional com que este jogo está incrustado em nós brasileiros. Assim somos. De tal maneira que elegemos nossos Pelés, Guarrinchas, Tostões e Ronaldos verdadeiros heróis. Gostamos de heróis. Brecht disse, "Infeliz da nação que precisa de heróis". Pois infelizes de nós; necessitamos de heróis, e no futebol então isso é ainda mais verdade.

Ainda assim, nos provendo de um bom e preciso tom fleumático, podemos fazer uma crítica minimamente válida. O que faltou aos nossos (jogadores + comissão técnica ) na copa do mundo não foi nada além de hombridade. E todo resto que não houve como humildade, vontade, etc. está embutido em hombridade. Afinal de contas, salvo engano meu os que foram nos representar estavam trabalhando. Apesar de todo aspecto peculiar de uma copa, aquilo não era nada mais do que isso: trabalho.

A equipe da França, com competência européia, trabalhou com hombridade e a diferença está toda aí. Para frente azuis... nós ainda temos que lidar um pouco mais com o jeitinho brasileiro.