jizuis
Na tentativa de limpar minha barra depois que postei o mate seu amigo antes que ele se torne um inimigo, dessa vez radicalizei. Vou falar de Jesus.
Se Jesus está conosco quem estará contra nós? Essa frase foi usada várias vezes na formatura do Negão. “Seu” Jesus é o pai de um amigo nosso. Passou o baile todo sentado, bebericando seu uísque 12 anos do Paraguai. Apenas ria. Quando seu semblante mudava era sinal de que o copo já tava vazio. Bastava encher o copo e tava lá “seu” Jesus esbanjando alegria. Naquele estado era, de fato, uma alegria ver Jesus.
***
Roberto Pompeu de Toledo fez duras críticas ao Cristo Redentor, nossa maravilha do mundo contemporâneo. Segundo o colunista – da revista Veja, diga-se de passagem – a estatua é feia. Bonito é o corcovado. Claro, afinal as favelas ainda não preencheram o aludido morro. Mas é de se concordar que a estatua do Jesus Cristo não é das mais bonitas mesmo. Pra começar, não se sabe com certeza o fenótipo do Messias. Tem estátua por aí que mais lembra Gabriel, o Pensador ou o Renato Russo do que alguém que de fato tenha vivido na região de Jerusalém por volta de 2.000 anos atrás. Mas pro povo, que crê, o que importa é que ele esteja lá, de braços abertos. Abençoando o Fla x Flu. Observando a baia de Guanabara e seus altos índices de poluição. De olho na fétida lagoa Rodrigo de Freitas. Anotando as condutas pecaminosas nos presídios de Bangu I, II e III - a missão, pra acertar as contas no dia do juízo final.
***
Por aqui tem uma estátua de Jesus. Réplica simplória da nossa grande maravilha, eu e meu amigo Lapinha, resolvemos subir as escadarias para conhecer nossa própria estátua de Cristo. O problema foram as 14 cervejas que tomamos antes. Num misto de rampas e degraus intercalados, o cérebro não conseguia coordenar as pisadas. Chegamos ao topo sem boa parte do dedo polegar de cada pé. Apreciamos o monumento e a vista da cidade, sempre tomando uma cerva pra hidratar. Na descida, observamos a escada se mover. Não chegava a ser uma escada rolante que nos transportaria com toda a segurança. Tivemos uma brilhante idéia: descer pelo corrimão. Um corrimão de concreto, tipo uma mureta. Parecia estreito, mas àquela altura, nosso senso de dimensão já tinha sido reprovado no teste do bafômetro. Cada um num corrimão, apostando corrida na descida pra ver quem chegava primeiro. No outro dia, de ressaca, voltamos ao local para rever o trajeto. Lapinha teve a certeza de que o Homi desceu do morro pra nos ajudar.
É. Se Jesus esta conosco, quem estará contra nós?
Se Jesus está conosco quem estará contra nós? Essa frase foi usada várias vezes na formatura do Negão. “Seu” Jesus é o pai de um amigo nosso. Passou o baile todo sentado, bebericando seu uísque 12 anos do Paraguai. Apenas ria. Quando seu semblante mudava era sinal de que o copo já tava vazio. Bastava encher o copo e tava lá “seu” Jesus esbanjando alegria. Naquele estado era, de fato, uma alegria ver Jesus.
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Roberto Pompeu de Toledo fez duras críticas ao Cristo Redentor, nossa maravilha do mundo contemporâneo. Segundo o colunista – da revista Veja, diga-se de passagem – a estatua é feia. Bonito é o corcovado. Claro, afinal as favelas ainda não preencheram o aludido morro. Mas é de se concordar que a estatua do Jesus Cristo não é das mais bonitas mesmo. Pra começar, não se sabe com certeza o fenótipo do Messias. Tem estátua por aí que mais lembra Gabriel, o Pensador ou o Renato Russo do que alguém que de fato tenha vivido na região de Jerusalém por volta de 2.000 anos atrás. Mas pro povo, que crê, o que importa é que ele esteja lá, de braços abertos. Abençoando o Fla x Flu. Observando a baia de Guanabara e seus altos índices de poluição. De olho na fétida lagoa Rodrigo de Freitas. Anotando as condutas pecaminosas nos presídios de Bangu I, II e III - a missão, pra acertar as contas no dia do juízo final.
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Por aqui tem uma estátua de Jesus. Réplica simplória da nossa grande maravilha, eu e meu amigo Lapinha, resolvemos subir as escadarias para conhecer nossa própria estátua de Cristo. O problema foram as 14 cervejas que tomamos antes. Num misto de rampas e degraus intercalados, o cérebro não conseguia coordenar as pisadas. Chegamos ao topo sem boa parte do dedo polegar de cada pé. Apreciamos o monumento e a vista da cidade, sempre tomando uma cerva pra hidratar. Na descida, observamos a escada se mover. Não chegava a ser uma escada rolante que nos transportaria com toda a segurança. Tivemos uma brilhante idéia: descer pelo corrimão. Um corrimão de concreto, tipo uma mureta. Parecia estreito, mas àquela altura, nosso senso de dimensão já tinha sido reprovado no teste do bafômetro. Cada um num corrimão, apostando corrida na descida pra ver quem chegava primeiro. No outro dia, de ressaca, voltamos ao local para rever o trajeto. Lapinha teve a certeza de que o Homi desceu do morro pra nos ajudar.
É. Se Jesus esta conosco, quem estará contra nós?
posted by Sancho at 10:38 AM
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