Wednesday, December 16, 2009

Chega de Férias!

Chega de Férias! Isso mesmo. Dizer isso no meu último dia de trabalho aqui em Sampa é quase paradoxal, mas nosso vanguardista Sancho tem razão. Aproveito para, antes de começar a re-bostar, agradecer pelo "raul-castro"... o apelido poderia ser pior, já pensou ser chamado de Serra?



Nossa situação enquanto entidade cultural (a Canhoto e Sinistro mega-cooporation-consulters-production) vai mal. Nossa web-diência (o análogo de audiência para a web... estou cheio de neologismos engavetados) deve ter caído vertiginosamente. Os (dois) leitores que tínhamos certamente acharam algo menos despropositado para ler. Assim, é com a imensa liberdade de quem nunca é lido que podemos re-bostar. Por isso, quero também falar aqui de uma dupla. Minha dupla. Infinitamente inferior em todos os aspectos aos super-gêmeos-ativados (aliás tenho que conhecer essa dupla logo!) do nosso grão-mestre Sancho, mas ainda assim uma dupla que merece ser mencionada. Deixem-me homenageá-los.



Os gêmeos aos quais me refiro são muito fiéis. Estão comigo heroicamente. Herculeanamente. E pena não lembrar de mais nenhum adjetivo bacana (tudo bem, utilizar ''bacana" pra adjetivar um 'adjetivo' é realmente pobre... desculpem, estou fora de forma). Ah sim, lembrei, Dantescamente. Aliás nunca sei se isso é adjetivo ou adbvérbio de modo. Não importa. Meus gêmeos resistem de maneira brava e exemplar. São dois. Só dois, mas poderiam compor, um e outro apenas, um exército inteiro. Possuem bravura jamais vista. Isolamento, solidão, nada disso os abala. Há muito não encontram mais os seus. Seus pares se foram, um a um, marchando rumo ao vazio. Sucumbindo inexoravelmente ao caminhar dos ponteiros. Mas eles não, um e outro, outro e um, sempre estão comigo. Vez por outra os procuro, lançando-lhes um olhar de deferência. De quem sabe que se pode contar com eles. São bons amigos. Calados, pouco expressivos, mas firmes! Houve época em que eu duvidasse que ficariam. Cheguei realmente a acreditar que fariam como ou outros e iriam para sempre (desculpem o tom melancólico... é que essas coisas são tocantes, além do mais eu já disse que estou fora de forma). Mas eles, superando até a mais otimista perspectiva aqui estão. Ambos. Firmes.



E pra não me extrender demais (eu ainda lembro que da prolixidade gera-se o fastio) paro por aqui. Eu e meus dois restantes e últimos fios de cabelo nos retiramos. Não terminarei colocando a foto deles aqui, acho que ainda não há máquina fotográfica com resolução suficiente para enxergá-los. Mas eles estão aqui. E prometem assim continuar no futuro vindouro (tem algum futuro que não seja vindouro?).
Chega de férias! Que recomecem as bostagens (ou seria, que comecem as re-bostagens?).

Friday, December 04, 2009

filhos

Sim, no plural. Pensei muito antes de fazer essa bostagem, expondo meus filhos que nada têm a ver com minha insanidade.

Filho é ótimo. Gêmeos é ainda melhor. Melhor só se fossem trigêmeos. Vão se revezar no cargo de mentor.

Meus filhos nasceram no início do ano. Ao longo desse tempo como “pai” pude perceber a responsabilidade de cuidar de um ser humano tão pequeno e frágil. Percebi também que o ser humano, pequeno e frágil, não difere nada de um ser humano trintenário.

Meus filhos sempre foram parceiros, desde o útero da mãe deles. Quando nasceram, continuaram parceiros. Dormiam no mesmo berço, eis que eram muito pequenos (nasceram prematuros). Ou seja, já tinham que aturar, um as flatulências do outro.

As vezes ficavam acordados de madrugada. Bebiam muito e quase sempre soltavam um sonoro arroto. As vezes os excessos culminavam numa discreta (ou não) regurgitação.

Percebo que eles tão descobrindo o mundo, com a independência para se deslocar ao engatinhar. Eu também descobria o mundo quando meu pai me dava o carro com o tanque cheio e 50 pratas pra torrar à noite. Minha “independência pra se deslocar”. Após ficar acordado de madrugada e beber muito, arrotos e regurgitações ocorriam.

As comparações são interessantes. “Esse é mais danado, aquele tem cara de quietinho”. “Aquele é mais ‘conversador’, esse mais agitado”. “O Gabriel já ta quase andando. Será que o Guilherme ta com algum problema?”. “O Guilherme já tem 4 dentes, o Gabriel apenas 2, e agora?”. Por sorte sempre soubemos relevar a empolgação alheia e entender que eles são DIFERENTES! Ainda que fossem idênticos, seriam DIFERENTES!

Por fim, o que mais escuto é: “Vai ter mais filhos? E se vierem gêmeos de novo? E se forem duas meninas agora?”. Respondo: sim, pretendo ter mais filhos e se forem gêmeos, ótimo, pois tenho toda a estrutura (carrinho, cadeirinha, berços, etc.) e, agora, o know-how. Se forem gêmeas, serão muito bem vindas, pois a lata de tinta rosa pra pintar o quarto delas já ta comprada faz tempo. Só vou ter que trocar o Del Reÿ por uma Kombi. Mas isso é o de menos.

Vou concluir essa bostagem com uma foto deles. E convocar o Editor-raul-castro-chefe pra voltar a bostar. Chega de férias.