Monday, October 02, 2006

Um pouco de precisão.

14 anos. Esse é, no máximo, o tempo de memória do eleitor brasileiro. Precisamente há 14 anos Fernando Collor de Melo foi derrubado do posto máximo do funcionalismo público brasileiro com provas concretas. Agora porém, volta nos braços do povo. Povo aliás que que votou também no Maluf, em vários indiciados nos escândalos atuais de corrupção e em deputados que já abriram mão do cargo para escapar da perda do mandato.

Votamos, não resisto à concordância por silepse (puramente gramatical, acreditem), também no Clodovil. Aquele mesmo, que quando entrevistado pelo jornal nacional hoje ficou sem palavras quando perguntado sobre quais seriam suas propostas como deputado. E não era de emoção, visto que o candidato nunca demostrou tais humanidades.

Esquecemos também da compra de votos realizada por Fernando Henrique quando da aprovação do projeto de reeleição. Mais do que isso, esquecemos que o governo, na época, não permitiu a instauração de uma CPI. Por fim temos o que merecemos. Não sabemos ler, não sabemos pesquisar, não somos politizados e, ao que parece, os mais esclarecidos de nós formam opinião lendo e-mails (sabe-se lá de que procedência). A prova disso está nos que votamos, ou no que votamos.

Espero que no segundo turno lembremos que o maior problema do país é a distribuição de renda! Lembremos também dos artigos da Marilene Felinto sobre a farça do PSDB no governo de São Paulo (estado e cidade) e não nos esqueçamos da política neo-liberal que entrega o país a preço bom, só que pra poucos. Aliás, espero que antes de votarmos no segundo turno, cada um de nós leia, se soubermos é claro, um, apenas um exemplar da Carta Capital de qualquer edição. Qualquer uma, tanto faz!

Já que precisão geralmente implica número, aqui vai um: o Brasil, por votar como vota, vai dar certo sim! Em, no mímimo, 170 milhões de anos!

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