Strike
Sancho, Negão e mim perfazíamos a trupe em uma noite douradense. Noite calma, de meio de feriado e sem muitos atrativos.
Negão e mim tínhamos vindo de Tupã, interior de São Paulo. Ainda lá, após tomarmos algumas (todas) latas em sua casa, fomos à matriz-mor da cachaçaria e volta e meia, para desobstruir a garganta da cerveja, tomávamos uma “forte na madeira”.
Naquela noite, lembro de acordar com a boca cravada no pé do criado mudo tentando sugar umidade da madeira envernizada. Pela manhã percebi porque insistia em sonhar com o continente antártico... havia um condicionador de ar de 15.000 btus apontado para meu frontispício, que aliás é bem avantajado. A essa altura Negão preparava um reforçado desjejum baseado em uma mistura de iogurte com sucrilhos... impossível não passar mal! Passei toda a viagem me contorcendo no banco do carona toda vez que me lembrava daquele iogurte amanhecido.
Mas voltemos à noite supracitada. Após parar em alguma espelunca para aplacar a sede, decidimos fazer um triangular no boliche. A idéia era boa, a execução porém... Da minha parte não podia fazer muito pois nem sóbrio eu jogo bem. Negão com sua narração tradicional conseguia alguns strikes e Sancho parecia mais que jogava milho pra bode e ainda assim conseguia se manter na briga.
Depois de algumas rodadas, restou-me um óbvio terceiro lugar. Já estava fora da disputa pelo caneco. Mas como espectador passivo pude ver melhor o show de Sancho. Primeiramente em um de seus lances a bola prendeu em seu dedo e após girar todo o braço com a mesma presa ele a crava no sovaco. Tal lance batizado de “loop” pelo autor começou a chamar a atenção dos demais comensais (e especialmente dos “bebensais”). Num outro lance Sancho sem perceber que a máquina ainda não havia recolocado os pinos atira uma bola no vazio, pra deleite da platéia cada vez maior.
Foi então que a grande jogada aconteceu. Afrouxando um pouco a mão para que não houvesse mais um “loop” Sancho, ao pegar impulso para a jogada, joga a bola para trás! Sim, isso mesmo, para trás!! Nem mesmo no jogo do Atari isso é possível! E teria espatifado o vidro do estabelecimento não fosse a ação rápida de Negão que agarrou a bola e prontamente começou a dar explicações para o platéia: “calma gente ele é assim mesmo... é assim mesmo”.
Tal lance tratava-se do RETRO-SINGER-STRIKE-BALL ensinado para Sancho por um tal Neo-Zelandês... mas talvez seja melhor o Negão contar essa história.
Negão e mim tínhamos vindo de Tupã, interior de São Paulo. Ainda lá, após tomarmos algumas (todas) latas em sua casa, fomos à matriz-mor da cachaçaria e volta e meia, para desobstruir a garganta da cerveja, tomávamos uma “forte na madeira”.
Naquela noite, lembro de acordar com a boca cravada no pé do criado mudo tentando sugar umidade da madeira envernizada. Pela manhã percebi porque insistia em sonhar com o continente antártico... havia um condicionador de ar de 15.000 btus apontado para meu frontispício, que aliás é bem avantajado. A essa altura Negão preparava um reforçado desjejum baseado em uma mistura de iogurte com sucrilhos... impossível não passar mal! Passei toda a viagem me contorcendo no banco do carona toda vez que me lembrava daquele iogurte amanhecido.
Mas voltemos à noite supracitada. Após parar em alguma espelunca para aplacar a sede, decidimos fazer um triangular no boliche. A idéia era boa, a execução porém... Da minha parte não podia fazer muito pois nem sóbrio eu jogo bem. Negão com sua narração tradicional conseguia alguns strikes e Sancho parecia mais que jogava milho pra bode e ainda assim conseguia se manter na briga.
Depois de algumas rodadas, restou-me um óbvio terceiro lugar. Já estava fora da disputa pelo caneco. Mas como espectador passivo pude ver melhor o show de Sancho. Primeiramente em um de seus lances a bola prendeu em seu dedo e após girar todo o braço com a mesma presa ele a crava no sovaco. Tal lance batizado de “loop” pelo autor começou a chamar a atenção dos demais comensais (e especialmente dos “bebensais”). Num outro lance Sancho sem perceber que a máquina ainda não havia recolocado os pinos atira uma bola no vazio, pra deleite da platéia cada vez maior.
Foi então que a grande jogada aconteceu. Afrouxando um pouco a mão para que não houvesse mais um “loop” Sancho, ao pegar impulso para a jogada, joga a bola para trás! Sim, isso mesmo, para trás!! Nem mesmo no jogo do Atari isso é possível! E teria espatifado o vidro do estabelecimento não fosse a ação rápida de Negão que agarrou a bola e prontamente começou a dar explicações para o platéia: “calma gente ele é assim mesmo... é assim mesmo”.
Tal lance tratava-se do RETRO-SINGER-STRIKE-BALL ensinado para Sancho por um tal Neo-Zelandês... mas talvez seja melhor o Negão contar essa história.
3 Comments:
"Continente antartico" não seria uma cachaçaria cheia de Antarcticas Originais?
possivelmente... presisamente!
CONSIDERO ESTE TRIANGULAR DE BOLICHE UM DOS MAIS IMPORTANTES TORNEIOS DA MODALIDADE Q JÁ PARTICIPEI BEM COMO AQUELE COM VÁRIOS JOGADORES ESTRANGEIROS TAMBÉM EM DOURADOS E ASSIM COMO O MUNDIAL DO CURINTIA.
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