Friday, August 25, 2006

os abusos do brasil (com “b” minúsculo mesmo)

Não conseguimos, no brasil, conviver com um “meio termo”. Ou o sanguessuga suga muita grana ou não suga (o que é raro).

Já que mencionei o parlamento, não raro circulam os e-mails das verbas destinadas a cada deputado ou senador. Tudo legislado em causa própria, claro.

É importante que o parlamentar seja tratado com dignidade e que tenha um bom salário. Nem é preciso remeter aos períodos da ditadura militar com o congresso fechado e a mão de ferro dos ditadores. Juizes e senadores eram simplesmente “demitidos”

Mas parece que nunca é suficiente. Alguns deputados rejeitam os apartamentos funcionais e utilizam o vultuoso auxilio-moradia para adquirir (isso mesmo!) flats às margens do Paranoá.

O legislador, que é eleito pelo povo, mas raramente é cobrado pelo mesmo, ta se lixando. Ele quer levar vantagem o máximo que puder. Funcionários fantasmas, desvio de verbas e o pior, a complacência com o colega nitidamente corrupto, ocasionam aquela descrença no eleitor.

Na Polícia Federal, uma das entidades mais respeitadas da nação graças as recentes operações, onde são relativamente bem remunerados, e bem equipados, freqüentemente ocorre a prisão de um policial por outro. Às vezes, até delegado é preso praticando algum crime.

Em Roubônia, digo, Rondônia, a autoridade máxima do poder judiciário local foi presa e algemada na frente das câmeras. Ocorreu abuso por parte do magistrado, que se valeu de sua posição para integrar uma grande quadrilha, no óbvio intuito de auferir vantagem ilícita. Preso, sofreu abuso por parte da polícia que fez questão de mostrá-lo algemado em rede nacional, execrando a imagem de um cidadão gabaritado que pode provar sua inocência. Meu vizinho, porém, que é pobre e negro, foi preso porque passava perto de um boteco. Uma viatura o abordou e, na frente de todos, o algemou e lhe deu algumas bolachas na cara. E a presunção da inocência?

Pois é, abuso é o que não falta. E não são os excessos da hora do almoço!

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