Wednesday, October 04, 2006

...e mais um domingo...

Domingos são quase sempre iguais. Dia de folga, acordar tarde, assistir um bom jogo na TV, comer uma pizza e ir dormir. Ontem, porém, dia 01/10 foi modorrento. Tracei um perfil estatístico objetivando um melhor horário para justificar meu voto. Isso mesmo. Morram de inveja. Eu não precisei votar, apenas justificar.

Obviamente eu fracassei. Nessa eleição, onde teríamos que escolher 5 candidatos, seria impossível não ter fila. Foi um aprendizado observar os “fiscais de partido” avaliarem a atuação dos mesários. Estes, aliás, até que estavam conformados com o árduo múnus que lhes fora imputado pela Justiça Eleitoral.

Em casa, inconformado com a ausência do jogo do brasileirão na TV, rodei alguns canais e, vez ou outra, acabava cochilando. Num determinado momento, acordei com o apresentador Evaristo Costa do Jornal Hoje dando as últimas notícias das eleições em espanhol. Ainda meio atordoado, fixei os olhos e percebi que ele estava... loiro? Não trajava seu habitual terno e estava acompanhado de alguns jovens... Quando realmente acordei, vi que não era o dito âncora. Tratava-se de um conjunto musical mexicano chamado RBD. Três garotas e três rapazes. Uma espécie de KLB misturado com SNZ. Tragédia da Gol, eleições e show do RBD é demais para um só final de semana.

Aborrecido, fui procurar outro canal. Na Globo, o infausto Faustão era sempre interrompido por Alexandre Garcia para dar os últimos resultados das eleições. Senti que a diversão estaria por vir. Comemorava como se fosse um gol do curintia cada vez que o PT perdia em primeiro turno. Sentia falha na zaga quando o mesmo PT elegia um governador ou deputado federal. Ao contrário do editor-superintendente-chefe, que se manifestou claramente contra o PSDB, eu torço exatamente contra o PT. O segundo turno para presidente teve sabor de empate com gols, fora de casa e com dois jogadores a menos em campo. E a sensação é que agora a partida de volta é em casa.

Não é fácil escolher em quem votar. Melhor escolher em quem não votar. Como devo justificar novamente no segundo turno, que vença o melhor, digo, o menos pior.

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