Monday, October 15, 2007

1º torneio de aeromodelismo de jataí

Isso mesmo. Jataí sediou, no último final de semana, um torneio de aeromodelismo à cabo. Um esporte “underground”, com poucos adeptos mas que conseguiu reunir uma quantidade até razoável de praticantes, considerando que os pilotos que não eram daqui tiveram que se deslocar entre 550 até pouco mais de 1.000 km pelas nossas belas estradas.

Dessa vez a fonte de credibilidade questionável sou eu mesmo. Estive presente nos vôos preliminares realizados na sexta-feira das categorias iniciante, intermediária, mini-FAI e FAI. Como não entendo patavinas, os vôos não me pareceram tão diferentes a ponto de se considerar uma categoria ou outra. Pedi ajuda ao nosso colaborador sempre de prontidão Negão. Provavelmente sabia ainda menos que eu. Se limitou a informar onde ficava a barraca de cachorro-quente e cerva.
Muitos hot-dogs e algumas cervas depois (não necessariamente nessa ordem), percebemos a presença de alguns curiosos. “Mas é uma cordinha que segura o avião?” disse um dos forasteiros. Tal indagação soa tão ofensiva aos pilotos participantes, que poucos se aproximam do intransponível alambrado que cerca a pista de vôo. Tais curiosos logo se afastam. Outros ali permanecem aguardando alguma novidade. Para nós leigos, a única singularidade foi a trágica queda de um avião logo após a decolagem. Um prejuízo calculado em aproximadamente R$ 2.000,00. Isso sem contar as despesas de quase 800 km de viagem.
Outro fator que chamou a atenção foi a criteriosa arbitragem, composta por três praticantes de outra categoria. Uma classe julga a outra, independente da categoria. Tal fato pressupõe que a diferença entre as manobras de cada categoria não é tão grande assim. Ou, admitindo hipótese mais verossímil, a teoria não é tão complexa quanto a pratica. A rigidez dos árbitros sepultou as chances de nosso piloto jataiense Nilson Neto beliscar um troféu. Saliento, porém, a imparcialidade dos julgadores, de sorte que as decisões por eles tomadas são revestidas de inatacável soberania.
Ao final da tarde, percebemos um movimento até razoável. A combinação de cerva quente com cachorro-gelado provocou diversas reações. Alguns ainda aplaudiam os últimos pilotos do dia. Outros aplaudiam o pôr-do-sol, como aqueles cariocas relatados por Zuenir Ventura. Havia ainda quem aplaudia o canto de um passaro-preto. Talvez tivesse gente aplaudindo para o lado em que estivesse o nariz apontando. Aplauso nunca é demais. É o salário do artista, como diria Marny Hoff.
No sábado não prestigiei os vôos finais, mas fiz questão de ir ao jantar de encerramento, com direito discurso e entrega de troféus. Comida saborosa e cerva bem gelada. O desempenho da delegação jataiense não foi ruim, muito embora não tenhamos condições de avaliar o nível dos participantes. Ótima organização. Certamente teremos outras etapas em 2008.
Para nós, cerva gelada e hot-dog. E, caso o editor-chefe algum dia compareça, solicitaremos que disponibilizem aquela famosa iguaria goiana: o “disquin”. Com bastante “istratumati”.

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