Thursday, September 13, 2007

É Lula lá e os quarenta mensalões

O título se auto explica. Além da parte óbvia, o número elevado de mensalões reflete o número de versões do mesmo. Quarenta indicações, quarenta réus, quarenta julgamentos e esperemos pelo número de troféus.

Vamos mal, existem pra lá de tantas mil páginas de relatório e em nenhuma há uma prova de que o mensalão existiu. Assim é com a matemática, é muito difícil provar o óbvio. Ainda mais o óbvio ululante que pulula nas mentes humanas.

Na estória dos quarenta ladrões, todos, exceto um, são torrados por azeite fervente jogado pela escrava do Ali Babá, um sugeito honesto que topa com os ladrões por acaso, e este sai vitorioso, com todo o ouro coletado pelos ladrões por anos a fio. O último que sobra é morto por uma punhalada da mesma escrava.

Na história abrasileirada não conseguimos nem definir se Ali Babá, o personagem central, faz ou não parte do bando. De acordo com as mais de mil páginas de relatório, não definimos nem mesmo se o bando faz parte do bando. Estando a história assim, indefinida, ficamos com o que nos resta: imaginamos nossa própria versão da história. Fulano está no bando, Cicrano também, não Cicrano não porque ele é sociólogo, Beltrano também não porque é médico... e por aí vai.

Minha versão, até que mais algumas páginas sejam desveladas é: Fulano, Cicrano, Beltrano, Ali Babá, Kaká, e o bando estão no bando. Inclisive quem não faz parte do bando está no bando. Só espero que alguém faça o papel da escrava, ou pelo menos de um bom escritor.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home