Tuesday, January 23, 2007

É buraco pra cachorro!

Mais buraco, mais cratera. Andei bastante por sampa esses dias. Rodei boa parte da metrôpole em busca de um lugar minimamente aceitável para ser denominado de apartamento. Por todos os lados, a conversa invariavelmente variava sobre o tema "cratera". Desde o cobrador de ônibus ao zelador, e passando por tecnocratas da av. paulista tudo o que se ouve é sobre o bendito buraco e as infelizes vidas que ali jazem.

A mídia porém parece não refletir isso. Tirando um ou outro jornal sençacionalista, poucas revistas dão como reportagem de capa o andamento e a história do ocorrido (entre elas adivinhem qual...). Em meio a isso a VEJA sai com uma capa sobre cães e seus donos e a felicidade mútua que podem obter e mais um monte de asneira que não é novidade pra ninguém.

É de se pensar porquê. É também de se conjecturar. É fato mais que comprovado que a VEJA é completamente parcial, embora sob um manto (deveras transparente) de acobertamento. O que eu queria saber é qual o instrumento de barganha entre a revista e a direita. Ou melhor, o instrumento eu sei, é o dinheiro. Mas queria saber mais. Qual a quantia acertada? Como se procede o pagamento? Quais são as possibilidades de extensão do negócio? Seria interessante saber coisas assim. Isso tornaría explícito a igualdade entre opinião e negócios da revista.

Não há problema algum em vertentes idiossincráticas do jornalismo, desde que sejam abertas, assumidas e, principalmente, embasadas em argumentos sérios e não tendenciosos. Nada disso é encontrado em tal periódico.

Pra mim, a VEJA poderia seguir o exemplo de parte da construção do metrô pinheiros e ir pro buraco. Bom, a editora abril é pertinho pertinho...

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