Wednesday, December 13, 2006

2006

E cá estamos nós prestes a entrarmos no júbilo das festas de fim de ano. O natal, a virada, o janeiro quente e os diversos regozijos que a época proporciona. Certamente não é essa uma boa ocasião para uma retrospectiva. Mesmo assim é tentador fazê-la.

O balanço geral é muito positivo. E como o cenário é muito complexo e desafiador até mesmo para um analista de verdade, vou lembrar um ou dois pontos frouxamente. Apenas para o mínimo propósito.

Feito o relatório anual sobre a educação do ensino médio em escolas públicas, chegou-se à conclusão de que a região sul é a melhor do país. Posso afirmar, se essa é a melhor, que a educação é uma lástima! Nesse ano singular tivemos também uma afronta sem precedentes do PCC. Quanta eficácia da polícia do estado de São Paulo (uma das mais bem preparadas, dizem). Além de não conseguir conter os ataques eliminou dezenas de... suspeitos. Nunca entendi bem a cátedra jurídica mas imagino que "suspeito" tem esse nome por não ser, a priori, culpado. Mas deixemos de minúcias.

Tivemos neste ano uma sensacional participação da seleção brasileira na copa da Alemanha. Mostramos para o mundo como se joga futebol. Basta fazer o exato oposto! (Vide Itália.) E quanta mobilidade mostrou o Ron@ldo ser possível mesmo tão pesado! Mas não sejamos tão rigorosos. Este foi o ano em que o Brasil revelou ser o país da patifaria há, pelo menos, 20 anos. Vejam quantos pontos positivos. Corroboramos até uma máxima de um filósofo esquivo: "A política é a arquitetura toda, até com os sótãos".

No último relatório da polícia rodoviária federal, foram apontados 1222 focos de prostituição infantil só nas estradas brasileiras! Mil duzentos e vinte e dois. E veja que tivemos ainda uma série de artigos do Ferréz nos alertando à isso, àquilo e a muito mais, e não vimos. Mas não nos preocupemos com superficialidades, ainda temos algo a lembrar.

Vejamos. Não somos o país da educação, da segurança, da qualidade de vida, do futebol, da retidão (nem nossa), da infância, e da perspectiva. Mas ainda somos um país. Pelo menos é isso que consta nos folhetos atraindo estrangeiros para o turismo sexual no Rio e em Fortaleza. Já é algo.

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