Monday, April 07, 2008

resposta

Em resposta ao editor-fidel-chavez-chefe deste blosg, o qual, no uso de suas prerrogativas, veiculou uma indagação a este co-editor e ao colaborador permanente Negão, venho aqui responder a famigerada questão. Vou expor um breve histórico do ocorrido, antes de obtemperar a inquisição ora imposta.

Estávamos indo de Jataí/GO até Itapoá/SC aproveitar nossas merecidas férias. Uma pausa em Marília/SP, onde pernoitamos e de onde partimos em direção a nosso destino. Próximo a Ponta Grossa/PR, nosso colaborador, então motorista, Negão detectou um sujeito emitindo sinais luminosos de um veículo – VW/Golf, conforme já adiantado pelo nosso editor-chefe – que havia conseguido “emprestado” para nos perseguir.

A princípio, Negão suspeitou que o cidadão quisesse apenas ultrapassar. Contudo, após ofertar o lado esquerdo para o sujeito completar tal manobra, o mesmo permaneceu emitindo sinais luminosos e sonoros. Num lapso de raciocínio, nosso colaborador decidiu arriscar e parar no acostamento para conversar com o suspeito condutor.

O cidadão desceu do veículo e veio conversar. Dizia que nos conhecia da concessionária Ford Regivel, e que trabalhava na empresa Caramuru em Jataí, Mineiros e Rio Verde. Imediatamente o cavalheiro emendou uma “estória” dizendo que estava indo para o Sul em comboio com seu sogro, e que um pneumático de seu veículo havia se danificado, o reparo ficaria em 58 merrecas e, num fôlego invejável, afirmou ainda que sua esposa havia deixado sua bolsa no veículo do sogro e que sua carteira tinha sido trancada no carro que estava sendo reparado.

Atordoado com o aparente desespero do cidadão e com a constrangedora situação, agregando-se ainda o princípio da boa-fé objetiva e, por fim, de saco cheio daquele sujeito que não parava de falar, Negão logo indagou quanto o sujeito queria. Nesse momento, eu já havia sacado 50 mangos da carteira pra tentar calar o sujeito, que, se aproveitando de nossa benevolência, solicitou mais uma “oncinha”, sendo prontamente atendido pelo Negão.

Conversa vai, conversa vem, o sujeito quase entrou em prantos, dizendo que iria nos pagar assim que voltasse de viagem e que nos convidaria para um churrasco em retribuição a nossa ajuda. Dei um cartão meu ao sujeito, para que entrasse em contato para saldar o débito.

Seguindo a viagem, começamos a imaginar a história do cidadão. Primeiro pela abordagem, dizendo que nos conhecia da Regivel. Não temos qualquer contato com tal empresa. Existe apenas um adesivo estampado no próprio veículo. Ademais, num mapa rodoviário qualquer é possível se coletar informações das cidades próximas à Jataí. Por fim, conforme suscitado por nosso editor-chefe quando lhe relatamos o ocorrido, seria muito mais fácil conseguir R$ 100,00 emprestado do que um veículo Golf!

O prazo do sujeito se expirou na semana passada (04/04). Até então, nenhum contato. Nada do reembolso das 100 pratas nem do jantar especial de gratidão. Restou apenas esta bostagem, em que registramos o abuso da boa-fé (otarice) alheia. Quanto ao cardápio? Pato na salmoura. Dois.

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