Tuesday, February 19, 2008

dotô Fritz

Já reparou que aqueles camaradas que dizem incorporar algum espírito por transe mediúnico, sempre incorporam algum medicou ou cientista famoso? Ou melhor, sempre alguém do “bem”.

Curiosamente o cidadão, até então um cidadão comum, subitamente se transforma do Dr. Fulano de Tal (só o Dr. Fritz acho que são uns 20). Jamais incorporou o espírito do assessor do Dr. Fritz (que, pela época, deveria se chamar Igor).

Não que eu duvide do dom desses sujeitos, nada disso. Mas seria interessante ver algum deles incorporar o espírito de Franz Liszt e executar a Rapsódia Húngara nº 2. Ou qualquer sinfonia de Beethoven, cuja redução para piano foi feita pelo próprio Liszt. Talvez algo menos virtuoso, como o espírito de Chopin executando uma fantasia.

Imagino também que seria muito mais oportuno incorporar o espírito do intocável Eliot Ness do que o do chefão Al Capone.

Outro que ta lascado é o piloto do Enola Gay. Esse nunca vai ser incorporado por médium algum, e seu espírito deve vagar pelas profundezas das trevas, junto com o de Hitler e Mussolini. Aqui eu abro um aspas. O Füher não era tão mau assim. Graças a ele temos o VW fusca e a raça Dobermann. Acredito que foi ele quem fundou o banco Itaú, mas isso não tem comprovação ainda. Itamar, em sua breve passagem pelo planalto, trouxe o fusca de volta. A vaga do espírito do Itamar já ta reservada e, injustamente, ninguém vai querer incorporar.

Devemos ser imensamente gratos aos médiuns por incorporar apenas gente boa. Gente fina. Nada de Sadan, Lenin ou Stalin. Nem Ulisses ou Getúlio. O goleiro Barbosa também não. JFK? Neca. Mauro Bento (ex-prefeito jataiense) de forma alguma. Nem Paulo Francis nem qualquer outro elemento nocivo.

Como disse, embora escusos os critérios de incorporação, devemos ser gratos aos médiuns por se fazerem passar, digo, por receberem em seus corpos apenas heróis.

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