Tuesday, February 12, 2008

eu fico triste quando chega o carnaval

Pra começar, quem deveria ficar triste é o Luiz Melodia, quando o titã Sergio Britto pronunciou os versos: “carnaval, carnaval, carnaval... eu fico triste quando chega o carnaval” no Acústico MTV. Não que os Tantãs não sejam dignos do aludido artista. É que não tem nada a ver mesmo. Seria algo como a Kelly Key cantando uma música (?) do João Bosco, por exemplo.

No carnaval sem graça do Rio, com aquelas escolas de samba que todo o ano repetem a mesma coisa, uma “modelo” prejudicou sua escola por conta de um tapa-sexo de 3,5 cm. Para facilitar a vida dos leitores desse blosg, seria algo comparável a uma fatia de salaminho. A meta da modelo no próximo carnaval é desfilar com um do tamanho de uma tampinha de garrafa de cerva. No outro, talvez proporcional a um caroço de azeitona; sei lá onde a mina pretende chegar.

Na Bahia, mal acabou o carnaval, já ta começando o carnaval fora de época. Lá é assim: a virada do ano já emenda com o grito de carnaval. Passado o carnaval (com o banho na escadaria do Senhor do Bonfim), começa outra folia. Esse ano a Ivete Sangalo tava com uma fantasia de mestre-sala. Meio nada a ver mesmo.

Lembro-me de um porteiro do Wladomiro do Amaral, quando tomávamos tereré num dos bancos do condomínio, dizendo que não gostava de carnaval. Segundo o porteiro, “carnaval” seria algo como “o aval da carne”, ou, segundo o mesmo, momento em que ocorrem pecados carnais. Estranho como a fantasia da Ivete Sangalo ou como os Titãs cantando Luiz Melodia. O Aurélio virtual trás a seguinte acepção:

1.No mundo cristão medieval, período de festas profanas que se iniciava, geralmente, no dia de Reis (Epifania) e se estendia até a quarta-feira de cinzas, dia em que começavam os jejuns quaresmais. [Consistia em festejos populares e em manifestações sincréticas oriundas de ritos e costumes pagãos, como as festas dionisíacas, as saturnais, as lupercais, e se caracterizava pela alegria desabrida, pela eliminação da repressão e da censura, pela liberdade de atitudes críticas e eróticas.]

Mundo medieval? Festas profanas? Atitudes críticas e eróticas??? Ah ta. Depois ainda criticaram o baixista do “Queen Of The Stone Age” que entrou nu no palco do último Rock’n’Rio, por achar, com razão, que aqui é sempre clima de carnaval. E a teoria do “aval da carne”, debochada na época, até que não tá tão má assim.

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