Thursday, May 25, 2006

incendio no canavial

Muito além da música horrorosa do Moacyr Franco, esse título retrata uma recente constatação que conseguimos obter com exclusividade no estado do Mato Grosso do Sul.

Está em pauta um projeto para ampliação da produção de álcool no aludido estado. Contra tal expansão, um morador ateou fogo ao próprio corpo. A justificativa para a auto-imolação é que o Pantanal está sob ameaça caso as plantações de cana aumentem na região.

Descobrimos, no entanto, que o real objetivo do governo do estado é aumentar a produção de cachaça. O governador possui um grande latifundio na região, e seu objetivo é produzir cerca de 15.000,00 galões por dia de pinga padrão de 1ª qualidade.

Muito embora o Partido dos Trabalhadores seja um grande consumidor da iguaria destilada, percebemos que o volume a ser produzido é muito grande até mesmo para os Delúbios, Zecas, Silvinhos e, claro, o grande cefalópodo.

Prosseguindo em nosso ímpeto, obtivemos de fonte segura a informação de que boa parte da cachaça será exportada, principalmente para os países do cone sul. Nossa maior surpresa ocorreu quando descobrimos que investidores uruguaios já havia fechado um pré-contrato com uma empresa ligada ao governo do MS para aquisição da bebida. A justificativa é que chegou em solo cisplatino uma notícia de que o Vaticâno incluiria a bebida num dos rituais da igreja católica, o que geraria um aumento na demanda.

A questão do impacto ambiental poderia frustrar os planos do governador, mas o IBAMA local está em greve (novamente). O Ministério Público alegou que não existem irregularidades nos procedimentos, nos deixando a entender que o caminho do governador pau-d'água está aberto.

Se os uruguaios estão certos no que insistem, o cardápio da igreja está cada vez mais variado. O epocler é contigo!

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